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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Capitulo 2 - Cartas do Fogo.

'' As vezes me sinto culpado por aquela época. Devia ter feito tudo antes, mas me orgulho de ter mudado minha opinião no final. Mas acho que desde o começo devia ter falado meus sentimentos por ela, ainda me arrependo de ter ficado quieto e só ter observado. Talvez eu tenha ficado com medo, as escolhas erradas que fiz no começo me comprometeram no final, mesmo ela nem ligando mais para isso. Lembro-me de quando ela não quis me ajudar, mas em seguida mudou de ideia, por ser por Aang, não por mim. Eu fiz todas as escolhas erradas e apenas no final mudei de ideia. Vou me arrepender para o resto de minha vida de não ter falado nada para ela por medo. O sentimento que sinto por ela é forte, mas acho que meu ego e meu orgulho não viram isso. Agora só vejo ela sentada naquela sala, o coração vazio por falta dele. As vezes sorri por Kora ou qualquer um de nós, mas para disfarçar sua saudade. Sinto por não ter falado que amava Katara.'' - Zuko.

O fogo se apaixonou pela água como o sol pela lua. Talvez esse amor seria impossível pelo ar estar envolvido ou pelo medo do fogo que tudo queima ao tocar. 
Zuko pov's on
- Faça alguma coisa de útil, Zuko! - Disse Azula. 
Olhei para ela com o canto do meu olho e a ignorei, voltando a olhar para a fogueira da sala. 
- '' O Zuko, você só pensa em si mesmo, é tão superficial e ignorante.'' - Imitei Azula. 
Ela me encarou. 
- Você é patético. 
- '' Você é patético.'' 
Azula se irritou e apagou o fogo, saindo da sala batendo os pés. Dei um sorriso de lado ao ficar em paz novamente. Levantei minha mão e fiz surgir um pouco de fogo, logo taquei na lareira, fazendo o fogo que Azula apagou surgir novamente. Levantei-me da almofada e fui para a rua. Azula e Mai estavam treinando. Assim que olhei para Mai dei um sorriso e ela sorriu de volta. 
- Mai, não se distraia com meu irmão, ele é patético. - Disse Azula. 
Mai a ignorou e voltou a sorrir para mim. Olhei para Azula e franzi a testa e balancei a cabeça como se dissesse '' Você que é patética, irmãzinha.'' Sorri para ela e para Mai e segui em direção ao lago, onde meu tio Iroh estava sentado, meditando. Me sentei perto da água e olhei para Iroh. 
- Você vai embora? 
Ele sorriu para mim. 
- Não porque eu quero, príncipe Zuko. Mas seu pai me baniu. 
- Ele me baniu também. Quando eu tinha 12 anos, lembra? 
- Sim. - Disse Iroh com uma tristeza no olhar. 
- Ele mandou eu ir com você. 
Iroh me encarou. Talvez tenha sentido pena de mim. 
- Eu sinto muito, príncipe Zuko. 
- Não me chame de príncipe, perdi esse titulo no momento em que questionei meu pai. Ele teria me colocado para fora daqui aos doze anos se não fosse Azula. Mas acho que ela se arrependeu disso. 
- Não diga isso. - Disse Iroh parando sua meditação e indo sentar ao meu lado.
Iroh sentou-se ao meu lado e começou a tacar pedrinhas na água. 
- Você já é um homem, príncipe Zuko. 
- Tenho apenas dezesseis anos. 
- Na sua idade eu já ajudava a Nação do Fogo a combater inimigos que vinham. Mas naquela época, era justo. Hoje seu pai começou uma guerra desnecessária. 
Desviei os olhos de meu tio e olhei para a água. Realmente ele tinha começado uma guerra desnecessária. Mas eu tinha medo de admitir isso, ele poderia me dar outra cicatriz. 
Levantei-me da grama não tirando os olhos da água. O céu estava avermelhado e minha vontade de ir embora não era muito grande. 
- Você vai embora hoje? 
- Nós vamos. 
Assenti e fui para a casa, arrumar as coisas. Coloquei apenas o necessário para ficar fora por sei-lá, anos. 
- Você já está indo? 
Me virei e me deparei com Azula encostada na porta, fungando. 
- Sim. 
- Eu sei que nunca admiti isso. Mas achei que papai mudaria de ideia depois de quatro anos. 
Ela se aproximou de mim. - Eu sei que nunca admiti isso, Zuko. Mas eu nunca quis que você fosse embora, posso implicar muito com você e dizer que você não é nada. Mas você é meu irmão e eu gosto de você, mesmo não dizendo isso com frequência. 
Me surpreendi com Azula, ela nunca demonstrou afeto comigo, a não ser quando tínhamos cinco anos de idade. Sorri para ela. 
- Eu também gosto de você. 
Ela sorriu e deixou cair algumas lágrimas e eu a abracei. 
- Queria que mamãe estivesse aqui. - Disse Azula enxugando os olhos das lágrimas. 
- Eu também, nada disso estaria acontecendo. 
Azula assentiu. Eu estava estranhando a atitude de Azula, ela nunca foi assim comigo. Era extremamente manipuladora e difícil. A encarei por alguns segundos e em seguida peguei minha mala. 
- Até breve, Azula. 
Azula baixou a cabeça. 
- Até breve, irmão. 
Em seguida sai pela porta com minha mala, indo em direção a entrada onde Iroh me aguardava. 
Zuko pov's off. 
Quando Zuko saiu por aquela porta Azula deu um sorriso maligno de lado. 
- Isso irmãozinho. Vá, o trono é meu e você foi exilado. - Disse Azula a si mesma e em seguida dando sorrisos sozinha. Ela nunca sentiu pena de Zuko, ela apenas tem medo de ser abandonada por pessoas ao seu redor e então usa sua manipulação. Ela usa o poder que tem para '' aprisionar '' suas únicas amigas a ela, Mai e Ty Lee. Azula não se importa com nada e nem ninguém, apenas com seu pai, que é extremamente fiel. 

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